Category Archives: economia

Há menos 53 055 funcionários públicos desde a chegada da troika

Quando os técnicos da troika aterraram em Lisboa, a função pública contava com 611 801 pessoas. De então para cá encolheu 8,7%, diminuição que reflete o congelamento de novas admissões ao longo dos últimos dois anos e meio, saídas para a aposentação e redução dos contratados a prazo, mas ainda não o efeito das rescisões amigáveis.

A administração central protagoniza o maior número de saídas, porque é também aqui que se concentra 74% do universo dos funcionários públicos. Os dados mostram que este subsector “emagreceu” 9,9% entre o final de 2011 e setembro deste ano, acima do valor geral de 8,7% ou da quebra de 5% nas administrações regional e local. 

Fonte: http://www.dinheirovivo.pt/

Ferreira Leite diz que “andamos a fazer sacrifícios em nome de nada”

Antiga presidente do PSD volta tecer duras críticas ao Governo e diz que só com uma “varinha mágica” o executivo “transforma uma abóbora numa carruagem”.

Manuela Ferreira Leite classificou nesta quinta-feira o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) 2014-2017 do Governo como “histórias para contar aos netos” e afirmou que as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo conduzem a “um verdadeiro desastre”.

No seu habitual comentário no programa Política Mesmo, na TVI24, a antiga presidente do PSD voltou a tecer duras críticas ao Governo e em especial ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

Classificando o documento do Governo como sendo de natureza teórica, Ferreira Leite diz que foi feito de acordo “com os objectivos que a troika impôs” e, depois, “construíram-se os indicadores de forma a encaixar” naqueles objectivos. “Foi um exercício feito de pernas para o ar.”

A social-democrata falou mesmo em “números verdadeiramente irrealistas”, em “sacrifícios em nome de nada” e acrescentou: “É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora numa carruagem.”

A antiga ministra das Finanças manifestou-se ainda “chocada” por, no DEO, Vítor Gaspar “dizer mal de Portugal” em documentos internacionais e afirmar que tudo “foi errado e irresponsável”.

Afirmando que o grande problema é a política que está a ser seguida, Manuela Ferreira Leite acrescentou que o Governo apresentou há pouco tempo medidas para o crescimento que o DEO agora vem matar.

A social-democrata afirmou ainda que o documento revelado por Vítor Gaspar na terça-feira no Parlamento de nada serve sem se conhecerem as medidas de corte na despesa, que vão ser reveladas nesta sexta-feira por Passos Coelho às 20h.

Fonte (c/ vídeo): http://www.publico.pt/n1593191

Zona Euro. 19 milhões de pessoas sem trabalho

François Hollande teve entradas de leão há um ano no Eliseu. O novo presidente francês prometia fazer frente à Alemanha, à política de austeridade e prometia incluir na agenda europeia o crescimento e o emprego. A esquerda europeia embandeirou em arco e começou a sonhar com uma nova era na Europa. São tempos que já lá vão. De Maio de 2012 para  Maio de 2013 o desemprego aumentou na União Europeia e na zona euro e mesmo na França socialista do emprego e do crescimento o desemprego já atinge um máximo histórico de 3,2 milhões de pessoas.
De quando em vez, quando os números vêm a público e se percebe que a recessão é hoje uma realidade na outrora pujante e rica zona euro, alguns responsáveis europeus saem a terreiro a bramar contra a austeridade e a confortar os cidadãos com os já habituais limites para os sacrifícios. Há poucos dias, coube a vez a Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, indignar-se com os que no Norte da Europa acham que os povos do Sul, como os portugueses, são preguiçosos e gastadores. Num discurso inflamado numa conferência em Bruxelas, Barroso falou nos tais limites à austeridade e prometeu um amanhã diferente para os povos europeus, particularmente os que conhecem um desemprego galopante e uma pobreza crescente.
O raspanete a Barroso As palavras de Durão Barroso contrastam com as posições ortodoxas da Comissão Europeia em matéria de défices, dívidas públicas e, claro, políticas de cortes salariais e de mais pobreza para os povos que andaram à sombra do euro a viver e a endividar-se acima das suas possibilidades. E como são pouco credíveis, levou um fortíssimo ralhete da chanceler Merkel, a maestrina de uma Europa desafinada, é verdade, mas que toca a mesma música: “Agora, todos aprendemos a palavra ‘austeridade’. Costumava dizer-se consolidação orçamental, ou economização sólida ou não acumulação de dívida – agora chama-se ‘austeridade’, o que faz parecer que vem uma espécie de inimigo atrás de nós. O crescimento apenas com base no financiamento do Estado não nos vai tornar mais competitivos na Europa.” Mas Angela Merkel não é a única má da fita da austeridade. O Banco Central Europeu não lhe fica atrás e, no meio da curta polémica levantada com as palavras de Durão Barroso, o BCE fez um aviso muito claro aos “preguiçosos” portugueses: “São necessários esforços de consolidação adicionais significativos para que prossiga a melhoria da posição governamental.” E a instituição liderada por Mario Draghi vai mais longe: “O compromisso político com a implementação do programa e a perseguição dos objectivos orçamentais acordados será crucial para manter o dinamismo das reformas e recuperar o acesso aos mercados financeiros em 2013, como está planeado.” E para que as palavras do BCE não caíssem em saco roto, o porta-voz do governo federal alemão adiantou de imediato que “a política seguida até agora, de redução drástica dos défices associada a reformas estruturais nos países afectados, já restabeleceu uma certa dose de confiança”.
Tudo na mesma Palavras mais que suficientes para se perceber que nada vai mudar na Europa, com ou sem moeda única. A austeridade é para manter, muito embora provoque queda do consumo público e privado, falências, desemprego e recessão. A zona euro está em recessão este ano, e com sorte poderá recuperar muito lentamente em 2014.
O caso de Portugal é paradigmático. O desemprego está nos 17,5%, mais de 923 mil pessoas, o PIB deve cair, numa perspectiva optimista, 2,3% este ano, a dívida pública já está nos 123,6% do PIB e, como ontem referiu a UTAO, Unidade Técnica de Apoio Orçamental do parlamento, a nova meta da troika para a dívida pública neste ano será difícil de alcançar, pois esperam uma redução de 3,4 mil milhões de euros quando o défice deve ser superior e a recessão mais profunda. A nova projecção feita na sétima revisão do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) aponta uma redução da dívida pública em relação a 2012 de 3,4 mil milhões de euros, sendo a revisão mais significativa face à anterior projecção, que foi feita na quinta avaliação, e em que se previa um aumento da dívida pública em 2013 de 8,3 mil milhões de euros. Assim, a troika espera agora que Portugal feche o ano com uma dívida de 201,1 mil milhões de euros em vez dos 206,4 mil milhões de euros previstos na quinta avaliação.
Quatro mil milhões A prova provada de que tudo está na mesma na União Europeia e na zona euro está quase a chegar de forma inapelável a Portugal. O corte de 4 mil milhões na despesa permanente do Estado está mesmo em cima da mesa e será conhecido dos portugueses brevemente. Muitos políticos e economistas dizem que tal corte é impossível e irá provocar uma recessão ainda maior, com efeitos sociais incalculáveis. Possível ou impossível, a verdade é que vão mesmo ser uma realidade e as autoridades europeias da zona euro, leia-se, o Eurogrupo e o Ecofin da União Europeia só libertam a tranche suspensa de 2 mil milhões de euros e aprovam a extensão das maturidades em sete anos para o pagamento da dívida de 56 mil milhões de euros aos parceiros europeus com esses cortes devidamente explicados e calendarizados. Dura lex sed lex. O Norte da Europa não se comove com as pieguices do Sul. O castigo por anos de luxúria chama-se austeridade e pobreza. Ponto final.

Fonte: http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/zona-euro-19-milhoes-de-pessoas-sem-trabalho

Que miséria de país. Pobres como antes.

Salário mínimo aumentou apenas 88 euros nos últimos 37 anos

E o salário dos deputados e restantes políticos? Aumentou também apenas 88 Euros?

Eis o resultado da aposta vega nas autoestradas

A aposta cega nas autoestradas feitas pelos governos, nos últimos trinta anos, produziu um interior desertificado e pobre e o consequente despovoamento. Cada vez mais Portugal está na orla litoral, pois não houve investimento no interior. Agora as linhas férreas, pouco poluentes, estão “às moscas” e é claro os tecnocratas só vêem  números e portanto sugerem o fecho destas linhas. Acentua-se a circulo viciosos do interior.

Estudo entregue à troika propõe fecho de 800 km de linha férrea

 

A concretizar-se, será uma razia idêntica à do fim dos anos de 1980, quando Portugal encerrou 800 quilómetros de linhas de caminho-de-ferro, sobretudo no Alentejo e em Trás-os-Montes. O Governo de José Sócrates propôs à troika o encerramento de 794 quilómetros de vias-férreas, também com particular incidência no Norte e no Alentejo, mas desta vez incluindo algumas linhas do litoral, como a própria Linha do Oeste, que seria encerrada entre Louriçal e Torres Vedras (127 quilómetros).

Fonte:
http://www.publico.pt/

Alguns buracos na origem da crise

“Graves deficiências” na contratação de consultoras pelo Estado

 

Entidades de supervisão pagaram seguros a 569 familiares de trabalhadores

 

Ministério da Justiça não sabe o que paga nem a quem paga

 

Com o Estado neste estado não havia de haver crise nas contas públicas?

A crise é só aqui?

Afinal a tal crise internacional de que o Sr. PM tanto fala afinal parece que só vai atacar Portugal.

Portugal será o único país da OCDE em recessão em 2012

Nem mesmo a Grécia vai estar em recessão. Porque será?